CICATRIZES DA CORAGEM
Li na faculdade, um romance de Stephen Crane publicado em 1895, The Red Badge of Courage (A Insígnia Vermelha da Coragem) que conta a história de um soldado da Guerra Civil Americana que recebe a melhor das medalhas: uma cicatriz que prova a sua bravura. O título inglês deste livro ficou-me sempre na memória e muitas vezes me reconheço nele, nas minhas cicatrizes que ninguém vê, mas que eu sei que testificam a minha coragem. Se houvesse uma máquina de RX da alma, a minha estaria disforme e irreconhecível… de tantas e tamanhas feridas que a traspassaram e quase mataram… Mas esta não é uma ode à tragédia, mas sim à coragem! À bravura silenciosa, despercebida, desvalorizada, rotulada impiedosamente, mas que vez após vez me ergueu das cinzas, mesmo quando não havia réstia de esperança, só pela tenacidade de não se deixar vencer! Hoje o lhei para o Livro de Reclamações da minha empresa (2001-2018). Está intocado! Nenhuma queixa, reivindicação ou protesto. Dezassete anos de ser