EM MOVIMENTO

"(...) esqueço-me do que ficou para trás e esforço-me por atingir o que está diante de mim." (Filipenses 3:13)

Todos sofremos perdas: doença, separações, desemprego, óbito. As perdas toldam o raciocínio, causam cansaço, irritabilidade e stress, reduzem a imunidade do corpo, e, em extremo, podem levar à depressão e até mesmo à morte. Então, é vital aprendermos a lidar com as aflições da vida, para não sermos engolidos por elas.

Para cada perda há um tempo de luto: é preciso chorar, reajustar a vida, apanhar os cacos e recomeçar. Porque a tristeza afeta-nos, tanto física como psicologicamente, é importante não se esquecer do básico: comer, beber água, dormir, não se automedicar e procurar ajuda.

Reconhecer que as estações da vida, mesmo as difíceis, têm um princípio, meio e fim, ajuda-nos a pôr as coisas em perspetiva: há “o tempo de chorar e o tempo de rir; o tempo de estar de luto e o tempo de dançar” (Eclesiastes 3:4) e "o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã." (Salmos 30:5)

Cada pessoa tem um ritmo próprio, logo não se pode forçar reacções, nem dizer se determinada situação deve estar emocionalmente resolvida num mês ou num ano. Ás vezes, o que alguém que está a experimentar uma perda dificil mais precisa, não é que lhe digam o que fazer, mas simplesmente que estejam presentes, mesmo que em silêncio. No entanto, é importante estar alerta se alguns sintomas ou hábitos nocivos se intensificarem, não se isole - peça ajuda.

Permita-se fazer o seu luto - não tem de ser sempre forte, nem perante si, nem perante os outros: Deus tem as nossas aflições em alta estima: “Tu sabes como estou aflito, pois tens tomado nota de todas as minhas lágrimas.” (Salmos 56:8)

Siga o conselho de Paulo: mantenha-se em movimento, tenha esperança no futuro e consinta-se por ter novas metas. O nosso corpo e alma foram feitos para se mover, para sonhar e pôr em prática novas realizações. À medida que se mobilizar para o futuro, as perdas passadas tornar-se-ão menos aflitivas. Eventualmente, tornar-se-ão parte da sua história e de quem você é intrinsecamente. Um dia, o seu exemplo e coragem, ajudará outros a ultrapassarem as perdas deles.

EM MOVIMENTO, por Sandra Rosa