CASAMENTO, ALIANÇA DE SANGUE
Enquanto estamos vivos, cada um de nós tem a oportunidade de realizar duas importantíssimas uniões, de valor inestimável: duas Alianças de Sangue.
A primeira é feita com Cristo, no dia que O aceitamos como Salvador, reconhecendo que somos pecadores e que dependemos inteiramente da Sua Graça para sermos salvos. Esta Aliança é espiritual e eterna: começa nesta terra, mas dura para além da morte.
A segunda aliança é a única que temos com outro ser humano, num nível de profundidade e seriedade exclusivo. É contudo sujeita à nossa mortalidade. Não é feita com pai, mãe, filhos, irmãos ou amigos. A única aliança de sangue com outro ser humano, inviolável e sagrada, é consumada com o nosso conjugue, no matrimónio.
Reconhecer a seriedade deste pacto de sangue, o único “até que a morte os separe” (Mc 10:9) deveria ser suficiente para, qualquer pessoa que está a pensar casar ou já está casado, nos apercebermos que estamos diante de algo muito sério e inviolável.
Infelizmente, há cada vez mais gente, que entra para esta aliança sagrada com a leviandade de quem “muda de camisa”, sem perceber qual o verdadeiro propósito do casamento e com expectativas infantis e egoístas de ser servido, em vez de “dar a vida pelo outro” (Jo 15:13). Qualquer desculpa parece banalizar e despir do real significado e glória com que Deus revestiu a aliança do casamento.
O QUE É UMA ALIANÇA DE SANGUE?
Sangue significa vida. É sagrado. O seu valor é inestimável, e é reconhecido quer em culturas antigas, modernas, cristãs ou pagãs.
A primeira Aliança de Sangue feita na Terra ocorreu no Jardim do Éden, quando o primeiro animal inocente foi sacrificado para cobrir a nudez de Adão e Eva, causada pelo pecado. Deus fez o primeiro pacto de sangue com a Humanidade e também o último, na Cruz, quando ofereceu o Seu Cordeiro Unigénito, como prova do verdadeiro amor:"E esse amor consiste nisto: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi ele que nos amou e nos enviou o seu Filho para ser sacrifício de expiação pelos nossos pecados." I Jo 4:10 (BPT)
Da mesma forma, o amor entre os cônjugues deve ser um amor de entrega de vida, em favor do outro: "Os maridos devem amar as suas mulheres como também Cristo amou a igreja e deu a sua vida por ela." Ef 5:25 (BPT)
Vejamos, como eram os pactos de sangue no Velho Testamento.
Fosse uma aliança familiar, estratégica ou de amizade, os hebreus faziam alianças de sangue, com tremenda seriedade e cerimonial. Não as faziam de ânimo leve, pois sabiam que tinham um estatuto perpétuo que ultrapassava gerações e as suas implicações positivas (bênçãos) como negativas (maldições) eram inevitáveis.
O concerto de Deus com Abrão em Génesis 15 é o melhor exemplo para vermos o cerimonial dos pactos de sangue:
"Depois disto, o Senhor apareceu a Abrão numa visão e disse-lhe: «Não temas Abrão; eu sou o teu protector; e vais ter uma grande recompensa.» (....) Abrão trouxe aqueles animais e cortou-os em duas metades, colocando cada uma delas frente a frente. (...) Quanto a ti, morrerás feliz em idade avançada e irás descansar em paz junto dos teus antepassados. (...) Viu-se então um fogareiro fumegante e uma tocha acesa a passar entre os animais divididos. Naquele mesmo dia o Senhor estabeleceu uma aliança com Abrão e disse: Vou dar esta terra aos teus descendentes (...)." Gn 15:1, 10, 15, 18 (BPT)
O cerimonial entre as partes consistia num sacrifício (oferta expiatória), aspersão de sangue (santificação), uma refeição pactual, uma troca de nomes (protecção) e a listagem dos termos do contrato.
O(s) animal(is) do pacto eram divididos em metades e, as partes que faziam a aliança, caminhavam entre o sacrifício, recitando as condições do contrato e as bênçãos que adviriam (protecção, prosperidade, saúde) ou as maldições por quebra (morte, vergonha, exílio). O sangue era aspergido sobre os aliançados, para selarem o acto solene e, depois, seguia-se a refeição cerimonial (pão e vinho), a troca de presentes e de nome. Era comum, por exemplo, alianças para protecção em tempos de guerra e se uma das partes não comparecesse quando a outra precisasse de ajuda, a sentença era a morte. Logo a obediência e cumprimento dos termos do pacto era uma coisa muito séria!
CASAMENTO, A ALIANÇA DE SANGUE (ENTRE HUMANOS) POR EXCELÊNCIA
A Bíblia diz-nos que o casamento é uma metáfora do relacionamento de Cristo com a sua Noiva, a Igreja. Na verdade o casamento é uma oportunidade de trazermos o Reino e a Glória de Deus para a Terra.
A Bíblia diz-nos que o casamento é uma metáfora do relacionamento de Cristo com a sua Noiva, a Igreja. Na verdade o casamento é uma oportunidade de trazermos o Reino e a Glória de Deus para a Terra.
O matrimónio é a única aliança entre dois seres humanos que tem a força de um Pacto de Sangue. Fisiologicamente, inclusive, fomos preparados para, na consumação do casamento, haver derramamento de sangue, como símbolo do profundo laço espiritual, emocional e físico que se gera entre um homem e uma mulher – a única relação onde “não são mais dois, mas uma só carne.” Mt 19:6 (RC)
Está casado(a)?
“Muitos relacionamentos sobrevivem apenas para garantir um parceiro – um recurso para suprir necessidades biológicas e pessoais. Mas a intenção de Deus é fazer que cada parceiro cresça ou se sujeite ao outro, a fim (...) de reflectir o carácter do seu Filho. Deus nos chama para moldar a vida à Sua Imagem.” In Longman e Allender, Aliados Íntimos, pág. 90-91Deus ABOMINA o divórcio! É a soma de todos os egoísmos, auto-idolatria, cobiças e injustiças. (E nem coloco em causa os exemplos em que um divórcio é o último recurso para salvar a vida, pois um conjugue que abusa o outro, já quebrou a aliança há muito tempo!)
COMO DEUS VÊ A QUEBRA DA ALIANÇA DE SANGUE DO CASAMENTO?
A violação do matrimónio, seja sob qual argumento, é uma quebra de aliança e acarreta penosas consequências, tanto para a parte que a quebra, como para a parte que é quebrada.
A violação do matrimónio, seja sob qual argumento, é uma quebra de aliança e acarreta penosas consequências, tanto para a parte que a quebra, como para a parte que é quebrada.
Qualquer acto de cobardia, ganância, repúdio e puro egoísmo que leve alguém a desistir do seu esposo(a) e a colocar os seus interesses egocêntricos à frente da família, é uma mera crueldade, a qual Deus iguala ao homicídio!
“Degradamos a glória do outro para os nossos próprios propósitos. A violação da glória envolve qualquer forma de mal físico, sexual ou emocional.(...) somos representantes de Deus na Terra. Se degradamos, usamos ou negligenciamos um ao outro, insultamos a própria glória de Deus.” Ibid., pág. 39
"(...) o Senhor foi testemunha de que faltaste à promessa que fizeste à mulher com quem casaste quando eras jovem. Era a tua companheira e prometeste-lhe fidelidade. Não fez Deus de ambos um só corpo e um só espírito? E para quê? Para que os descendentes lhe sejam consagrados. Portanto, tenham cuidado e que ninguém falte à promessa que fez à mulher da sua juventude. Pois quem deixa de amar a mulher e a abandona fica coberto de violência. Palavra do Senhor, todo-poderoso, o Deus de Israel!" Mal 2:14-16 (BPT)
"Vou condenar-te por adultério e por assassinato, e na minha grande indignação vou dar-te a morte." Ez 16:38 (BPT)
Na verdade a quebra do casamento é uma morte: do outro, da família, dos filhos, do lar, das finanças – as consequências são terríveis e inevitáveis, a todos os níveis, e o fardo da desonra, da rejeição, da incapacidade carrega-se por vezes durante anos. A parte repudiada luta com os porquês e a parte que repudia, cobre-se de violência e maldição - a sua impiedade e brutalidade retorcerão ao ofensor como sementes malignas: "Não erreis; Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso, também, ceifará." Gal 6:7 (RC)
Está solteiro(a)?
Pense muito bem antes de casar!
Casamento não tem a ver com o dia da festa, os planos para a casa, objectivos profissionais ou empatia cultural, nem sequer tem a ver com beleza física ou desempenho sexual, embora todas essas coisas sejam importantes no contexto global da relação.
Casamento resume-se ao maior acto de amor: dar a vida pelo outro. Em tudo! A todo o tempo!
Está disposto a praticar esse tipo de renúncia?
Se não tiver a certeza, fique quieto, até amadurecer o suficiente para viver para fazer o outro feliz.
Na verdade a quebra do casamento é uma morte: do outro, da família, dos filhos, do lar, das finanças – as consequências são terríveis e inevitáveis, a todos os níveis, e o fardo da desonra, da rejeição, da incapacidade carrega-se por vezes durante anos. A parte repudiada luta com os porquês e a parte que repudia, cobre-se de violência e maldição - a sua impiedade e brutalidade retorcerão ao ofensor como sementes malignas: "Não erreis; Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso, também, ceifará." Gal 6:7 (RC)
Está solteiro(a)?
Pense muito bem antes de casar!
Casamento não tem a ver com o dia da festa, os planos para a casa, objectivos profissionais ou empatia cultural, nem sequer tem a ver com beleza física ou desempenho sexual, embora todas essas coisas sejam importantes no contexto global da relação.
Casamento resume-se ao maior acto de amor: dar a vida pelo outro. Em tudo! A todo o tempo!
Está disposto a praticar esse tipo de renúncia?
Se não tiver a certeza, fique quieto, até amadurecer o suficiente para viver para fazer o outro feliz.
Está casado(a)?
Aprenda a amar acima de todas as expectativas, desafios e provações. O casamento foi idealizado por Deus para trazer ordem ao caos da vida e estabelecer o Seu Reino neste mundo.
A vida é e será sempre difícil, mas há vantagens:
"Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará? E, se alguém quiser prevalecer contra um, os dois resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa." Ecl 4:11-12 (RC)
Deus é o mestre das segundas oportunidades.“O alvo do casamento é duplo: revelar a glória de Deus e destacar a glória do nosso conjugue.Se amo [o meu conjugue] como Deus requer, eu a reconhecerei como portadora da imagem de Deus e viverei para destacar a sua beleza, sua glória, a fim de experimentar a glória de Deus.” Ibid., pág. 40
Passou pelo divórcio?
Ainda há esperança!
Aprenda a ouvir a Sua voz e a seguir os Seus Propósitos.
Sozinho ou acompanhado, isso não é relevante.
Cada um de nós é único e tem um Plano Divino para cumprir nesta vida que mais ninguém pode concretizar.
O seu valor não depende do seu estatuto civil.
O que realmente interessa é que ESTEJA no Centro da Vontade de Deus e que SEJA tudo aquilo que o Senhor já determinou que você será!
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